Você é o que você come? A psiquiatria nutricional pode ajudar a encontrar algumas respostas. O reconhecimento da importância do eixo intestino-cérebro levou à questão sobre a influência dos hábitos alimentares na saúde mental, que é o foco da psiquiatria nutricional.
Estudos recentes trouxeram mais dados acerca da associação entre os hábitos alimentares e a saúde mental, em diferentes culturas e faixas etárias. Existe, também, um corpo de evidências que sugere que intervenções na alimentação tem papel adjuvante no tratamento das doenças mentais, sobretudo a depressão. Reconhecidamente, a alimentação rica em vegetais, legumes, nozes e sementes, grãos integrais, frutas, e com ingestão moderada de carnes magras, laticínios, com ingestão mínima de alimentos ultraprocessados, traz benefícios à saúde mental; interfere positivamente, como sabemos, na saúde física, auxiliando na perda de peso, redução da circunferência abdominal, e melhora do perfil metabólico, com diminuição nos níveis de glicose, colesterol e triglicérides.
Importante lembrar que os melhores resultados são obtidos sempre com a abordagem individualizada orientada por profissionais especializados, psiquiatras e nutricionistas.
Fontes:
Sarris et al. Nutritional medicine as a mainstream in psychiatry. Lancet Psychiatry 2015; 2(3): 1-4.
Firth et al. The effects of dietary improvement of symptoms of depression and anxiety: a meta-analysis of randomized controlled trials. Psychosom Med 2019; 81 (3): 265-80.
Sanada et al. Gut microbiota and major depressive disorder: a systematic review and meta-analysis. J Affect Disord 2020; 266: 1-13.
Rocks et al. Introdução à psiquiatria nutricional. In: Carvalho et al (Eds) Psiquiatria do Estilo de Vida: um Guia Prático baseado em evidencias, Ed Manole, 2020, pp 111-121.
