Desde dezembro vivenciamos um aumento nos casos de COVID por conta da variante Omicron, muito transmissível. Se, por estarmos com uma parcela significativa da população vacinada, e/ou por características da nova variante, o que temos observado é que os quadros de infecção aguda tendem a ser menos graves e acometem principalmente trato respiratório superior. No entanto, em indivíduos vulneráveis e em pessoas não vacinadas, a Omicron leva sim a casos graves, com internações em UTI e óbitos.

Não conhecemos ainda os efeitos da Omicron em longo prazo, mas como vimos com as outras variantes, há o risco do desenvolvimento da COVID longa, que ocorre geralmente 3 meses a partir do início dos sintomas, com duração de pelo menos dois meses, podendo se estender até um ano ou mais. Os sintomas físicos característicos, são: fadiga muscular, lentidão física, sono ruim, falta de ar. E os sintomas psiquiátricos? Observamos em pacientes com COVID longa quadros de depressão, ansiedade, e déficits cognitivos como falta de concentração, problemas de memória com esquecimentos frequentes e o que se descreve como “brain fog”, uma sensação de estar imerso em uma “nuvem mental”. Esses sintomas de COVID longa, que comprometem a qualidade de vida, podem estar presentes mesmo em quem teve quadro agudo assintomático ou leve, e ainda não sabemos como eles se comportam ao longo dos anos.

Não vale a pena correr o risco! Vamos manter os cuidados de sempre: uso de máscaras, evitar aglomerações, higienizar sempre as mãos e VACINA PARA TODOS

Fontes:

World Health Organization. www.who.int
Huang et al. Doi: https://doi.org/10.1101/2021.03.03.2.21252086
Evans et al. Lancet Respir Med 2021 Nov 9(11): 1275-1287. doi: 10.1016/S2213-2600 (21) 00383-0

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