Quando eventos trágicos acontecem, muitas pessoas se dispõem a fazer trabalho voluntário para auxiliar os mais atingidos e prejudicados. A capacidade do ser humano de sentir compaixão e empatia pode trazer grandes transformações, tanto para quem ajuda, quanto para quem é ajudado.
No entanto, a saúde mental de quem está na linha de frente, trabalhando em prol da comunidade também pode ser afetada. Afinal, quem cuida de quem está cuidando dos outros?
Não é incomum que pessoas voluntárias em zonas de guerra ou áreas atingidas por desastres naturais desenvolvam sintomas de estresse agudo e de estresse pós-traumático.
Ao vivenciarem de perto a devastação causada pela tragédia, suas emoções e pensamentos são profundamente impactados. Muitos voluntários relatam que, após algum tempo de trabalho, começam a agir no “piloto automático”, tentando resolver o máximo de problemas possível. Essa sobrecarga pode levá-los a níveis extremos de estresse.
Além disso, após o fim da jornada de trabalho, muitos voluntários podem experimentar momentos de ansiedade, sensação de vazio e impotência. É importante ressaltar que o trabalho voluntário é essencial para a reconstrução de comunidades atingidas por tragédias.
Ainda assim, é fundamental que as pessoas que se dispõem a doar tempo e energia não negligenciem sua saúde mental. Contar com a ajuda de profissionais de saúde e espaços onde possam falar e assimilar as experiências vivenciadas durante o voluntariado é essencial para processar os sentimentos e pensamentos que podem surgir.