Você já se pegou falando sozinho? É um hábito mais comum do que pensamos, e pode ser benéfico para a saúde mental. A linguagem é um recurso que estrutura o pensamento e, na infância, falar sozinho faz parte dos mecanismos de aprendizado da linguagem.
E quando nós, adultos, falamos sozinhos? Quando verbalizamos o que pensamos podemos ganhar autoconsciência, organizar ideias e tarefas, e isso nos ajuda na tomada de decisões.
Diante de situações que geram angústia e estresse, o ato de falar sozinho pode também ajudar a compreender melhor como nos sentimos, e aliviar a tensão. Ao verbalizar pensamentos e sentimentos, podemos exercitar o autocontrole, e a regulação emocional e comportamental.
No entanto, é bom estarmos atentos ao conteúdo do que dizemos para nós mesmos. Conteúdos repetidos de autocrítica e falas negativas podem ter impacto negativo em como nos sentimos, na autoestima, e no humor.
E, muito importante! É preciso tomar cuidado com os limites de falar sozinho. Os solilóquios, assim chamados, quando fazem parte de um quadro com outras alterações como delírios, alucinações, alterações de comportamento, podem ser indícios de transtornos psiquiátricos graves, e que demandam atendimento especializado