A pandemia de COVID-19 evidenciou um fato importante há muito negligenciado: a saúde mental dos professores.
Uma pesquisa realizada em 2022 revelou que 21,5% dos educadores brasileiros avaliaram sua saúde mental como “ruim” ou “muito ruim”, sendo que em 2020 esse número ultrapassou 30%. Entre os principais sintomas, estima-se que a ansiedade afete 60% dos profissionais da educação, cansaço excessivo cerca de 48% e dificuldade para dormir, 41%.
Atualmente, mais de dois anos após o fim da pandemia, os desafios para o equilíbrio mental dos educadores ainda são intensos. As longas jornadas de trabalho e a falta de uma estrutura adequada são fatores que contribuem para o desgaste mental dos professores.
Compreendemos hoje que práticas multidisciplinares como atendimento psicológico, orientação nutricional, atividades como meditação, ioga, atividade física, por exemplo, podem ser ótimas medidas para aliviar o estresse que os educadores enfrentam. Mas, sabemos também que as instituições de ensino muitas vezes não proporcionam esse tipo de atividade para os profissionais e alunos.
É fundamental debatermos os fatores que agravam a saúde mental de professores e estudantes, o que envolve uma abordagem mais ampla da educação, reconhecendo que tanto alunos quanto professores merecem um ambiente acolhedor e que promova o equilíbrio mental.