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Insatisfação com o corpo e o uso exagerado de redes sociais

O corpo humano é também uma construção social. Nossa imagem corporal é formada por percepções, sentimentos e pensamentos que temos sobre o próprio corpo. Esses aspectos, no entanto, são fortemente influenciados por fatores sociais e padrões de estética contemporâneos. 

A insatisfação com o próprio corpo nasce da discrepância entre o corpo idealizado e o corpo real, o que pode resultar em transtornos alimentares e mentais (Grogan, 2008; Campos et al., 2016).

Com as redes sociais, os padrões de beleza chegam até nós de um modo muito mais veloz que chegavam antes, com as mídias tradicionais. A partir disso, inúmeros pesquisadores estudam os efeitos do uso excessivo das redes como um dos fatores que aumenta a insatisfação com o próprio corpo. 

Alguns desses estudos apontam que a internet pode promover aumento da comparação corporal com figuras idealizadas, o que pode levar a consequências como baixa autoestima, ansiedade e aumento de cirurgias plásticas (Holland & Tiggemann, 2016). Isso pode levar a consequências negativas, como baixa autoestima, ansiedade e até o aumento de cirurgias plásticas (Souza & Alvarenga, 2016). 

Por outro lado, algumas pesquisas também têm se dedicado a compreender quais são os impactos positivos do compartilhamento de imagens de corpos reais nas redes sociais (Slater et al., 2017). De acordo com esse segundo grupo de pesquisadores, o compartilhamento de imagens corporais pode contribuir para os usuários terem mais compaixão por seus corpos. 

Embora as redes sociais aumentem a insatisfação com o corpo, elas também podem ser usadas para promover a valorização sobre a diversidade corporal e alertar para os malefícios que os padrões de beleza podem causar na saúde mental. É importante que os usuários compreendam como são afetados pelos conteúdos que consomem nas redes sociais, já que elas podem impactar os indivíduos de maneiras diferentes. 

Em casos em que a insatisfação com o corpo é extrema, procurar a ajuda de um profissional da saúde mental pode ser fundamental para conseguir se desvencilhar das pressões que os padrões estéticos podem gerar. 

Souza, A. C., & Alvarenga, M. S. (2016). Insatisfação com A Imagem Corporal em Estudantes Universitários- Uma Revisão Integrativa [Body Dissatisfaction among University Students – An Integrative Review]. Jornal Brasileiro de Psiquiatria, 65(3), 286-99. http://dx.doi.org/10.1590/0047-2085000000134»http://dx.doi.org/10.1590/0047-2085000000134

Slater, A., Varsani, N., & Diedrichs, P. C. (2017). #fitspo or #loveyourself? The Impact of Fitspiration and Self-Compassion Instagram Images on Women’s Body Image, Self-Compassion, And Mood. Body Image, 22(1), 87-96. http://dx.doi.org/10.1016/j.bodyim.2017.06.004»http://dx.doi.org/10.1016/j.bodyim.2017.06.004

Holland, G., & Tiggemann, M. (2016). A Systematic Review of The Impact of The Use of Social Networking Sites on Body Image And Disordered Eating Outcomes. Body Image, 17, 100-110. http://doi.org/10.1016/j.bodyim.2016.02.008»http://doi.org/10.1016/j.bodyim.2016.02.008

Grogan, S. (2008). Body Image: Understanding Body Dissatisfaction in Men, Women, And Children London: Routledge.





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