Problemas na comunicação, na socialização, nos relacionamentos, comportamentos repetitivos, dificuldade para compreender a linguagem simbólica, hiper-reatividade a estímulos sensoriais são alguns indícios de quadros que integram o transtorno do espectro autista – TEA.
O TEA compreende diferentes condições, que podem se apresentar em intensidades variáveis: autismo, síndrome de Asperger, transtorno desintegrativo da infância e transtorno global do desenvolvimento não especificado. Surgem precocemente no decorrer do desenvolvimento e podem seguir ao longo da vida adulta. As causas são multifatoriais, e envolvem aspectos genéticos, pré-natais, perinatais, além de fatores ambientais.
O diagnóstico do TEA é clínico, e a Sociedade Brasileira de Pediatria sugere sinais de alerta no primeiro ano de vida:
– aos 6 meses: apresenta poucas expressões faciais, pouco contato visual, ausência de sorriso social, pouco engajamento sociocomunicativo;
– aos 9 meses: não balbucia, não olha quando chamam pelo nome, não olha para onde o adulto aponta, não imita, ou imita pouco;
– aos 12 meses: não balbucia, não fala papai/mamãe, não faz gestos como “dar tchau”, bater palminhas, dar beijo, tem dificuldades na atenção compartilhada.
A abordagem do TEA envolve uma equipe multidisciplinar que ofereça psicoterapia, terapia ocupacional, treino de habilidades sociais, orientação familiar, cuidados de saúde, tratamento medicamentoso. O trabalho em equipe visa estimular a autonomia, as relações interpessoais, e a qualidade de vida.
Fontes:
Sociedade Brasileira de Pediatria. Manual de Orientação. Transtorno do Espectro do Autismo. www.spb.com.br
National Institute for Health and Care Excellence. Autism spectrum disorder in adults: diagnosis and management. London, NICE, 2016.
American Psychiatric Association. Manual diagnóstico e estatístico de transtornos mentais: DSM-5. 5 ed. Porto Alegre, Artmed, 2014.