Os transtornos mentais não são escolhas ou falhas pessoais, mas sim condições médicas legítimas, que afetam milhões de pessoas em todo o mundo e requerem tratamento médico e apoio emocional.
O uso do termo “bipolar” como um adjetivo para descrever uma pessoa com mudanças de humor frequentes é um exemplo do estigma associado às doenças mentais.
Alterações de humor são comuns ao longo de um dia, sobretudo quando há algum fato externo que altere o humor da pessoa. O transtorno afetivo bipolar, no entanto, não se trata de “começar o dia feliz e terminar triste”, ou vice e versa. Trata-se de uma condição complexa, marcada por períodos de mania ou hipomania, alternados por períodos de depressão. O diagnóstico não é simples de ser feito e, por conta disso, muitos pacientes sofrem por anos até receberem o tratamento adequado.
Reforçar a ideia de que as doenças mentais são algo que causa envergonha e que devem ser mantidas em segredo, dificulta o processo de tratamento e afeta negativamente a vida social, profissional e pessoal das pessoas que vivem com essa condição. Em vez disso, é importante falar sobre as doenças mentais abertamente e com respeito, buscando desestigmatizá-las.