A conseqüência mais grave do transtorno bipolar é o suicídio, e estima-se que cerca de 30% dos portadores de transtorno bipolar tentam o suicídio ao longo de suas vidas.
Conhecemos alguns fatores de risco para o suicídio em portadores de transtorno bipolar: tentativas anteriores, abuso de álcool e de outras drogas, agressividade, impulsividade, antecedentes familiares de suicídio, polaridade e gravidade do episódio (episódios depressivos graves e episódios mistos), presença de sintomas psicóticos (delírios e alucinações).
Embora tenhamos dificuldade em abordar a ideação suicida, é importante perguntarmos ativamente. Frequentemente os portadores a relatam espontaneamente, mas muitas vezes essa manifestação é desconsiderada, por se pensar que “quem avisa não faz”, ou por acreditarmos que se trata de “chamar a atenção”. Jamais devemos desconsiderar qualquer manifestação! Portadores que demonstram sofrimento, desesperança, violência, desespero, sensação de viver à margem da vida, sem laços sociais e familiares, sem planos para o futuro devem ser observados cuidadosamente. Diante da suspeita do risco de suicídio, comunique o médico e a equipe envolvida no tratamento.
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