A solidão é um sentimento complexo, que não necessariamente surge quando estamos sozinhos. Vivemos em uma época que valoriza a “hiperconexão”, e a busca incessante por conexões virtuais ajuda a criar a ilusão de estarmos sempre acompanhados. Mas, no fundo, o sentimento de solidão pode persistir, pois não está associado ao estar em conexão, mas sim ao sentimento de não pertencer a um grupo, de não sentir ser parte de algo que faça sentido.
É preciso não confundir a solidão com a solitude. Estar só também pode ser positivo. Aprender a desfrutar da própria companhia é importante, nos oferece a oportunidade de entrar em contato com sentimentos mais autênticos, de dedicar algum tempo a atividades prazerosas, descobrir novos interesses. A solitude é confortável, uma escolha consciente de permitir momentos de introspecção.
Não há uma receita pronta para lidar com a solidão, pois cada indivíduo é único. Contudo, algumas práticas podem auxiliar nessa jornada. A meditação, por exemplo, é uma poderosa ferramenta para acalmar a mente quando estamos sozinhos. Além disso, a leitura, a escrita, a arte e a música também podem ser excelentes companheiras.
Em casos em que a solidão persiste e causa sofrimento emocional significativo, é recomendado procurar ajuda profissional de um psiquiatra ou psicólogo. A terapia pode ser uma ferramenta valiosa para enfrentar esse desafio e proporcionar um espaço seguro para explorar os sentimentos, desenvolver habilidades sociais e fortalecer a resiliência emocional e, assim, oferecer um caminho mais saudável para lidar com a solidão.