O Papel da Ciência na Igualdade e Inclusão oo longo das gerações, ditos populares como “Homens são de Marte, mulheres são de Vênus” tem alimentado a crença de que homens e mulheres possuem diferenças biológicas e cognitivas marcantes. Isso sustenta uma noção equivocada de que os homens são mais aptos para desenvolver determinadas habilidades. Além de contribuir para a perpetuação da discriminação de gênero, essa crença não possui nenhum embasamento científico.
De acordo com pesquisas realizadas por Daphna Joel, da Universidade de Tel Aviv, o cérebro humano é intersexo, o que significa que as diferenças cognitivas e biológicas entre os sexos são sutis e, portanto, não podem ser determinantes. Os estudos da pesquisadora destacam que as variações cognitivas estão mais relacionadas à individualidade, e são influenciadas pela interação entre fatores genéticos e ambientais. Portanto, as supostas discrepâncias de habilidades entre homens e mulheres não são inerentes à biologia, mas sim moldadas por um contexto social marcado pelo sexismo. É nesse cenário que muitas mulheres acabam não desenvolvendo aptidões consideradas “masculinas”, o que pode gerar um sentimento de desvalorização, especialmente no ambiente profissional.
Desmistificar as diferenças biológicas entre homens e mulheres é fundamental não apenas para promover igualdade de gênero, como também para criar um ambiente profissional mais inclusivo e justo. Reconhecer que as habilidades e aptidões não são determinadas pelo gênero, mas sim por uma complexa interação de fatores genéticos, ambientais e sociais, é essencial para combater estereótipos e abrir caminho para uma sociedade em que todos tenham oportunidades iguais de desenvolvimento.